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Parabéns, Brasília!

Com uma população de mais de 3 milhões de habitantes, o Distrito Federal é um caldeirão de costumes, sotaques e culturas. Nos seus 58 anos, Brasília reúne histórias de migrantes que trocaram sua terra natal pela capital. Pessoas que pensavam em passar apenas uma temporada, mas que constituíram família e não pensam em deixar Brasília.

Gilberto José Zortêa, 41 anos, gaúcho de Erechim, veio para estudar e voltar ao Rio Grande do Sul. O retorno jamais ocorreu. “Cheguei aqui há 22 anos, me formei, construí família e atualmente desejo contribuir para o crescimento da cidade”, disse. “Não me vejo mais morando no Rio Grande. De forma alguma mudaria de Brasília para qualquer outro lugar”, acrescenta.

Foi em Brasília que Zortêa conheceu a mulher, que é brasiliense, e ganhou uma sogra gaúcha e um sogro goiano. “É a mistura dos povos. Cada cultura tem seus sabores e dissabores no Brasil, mas somente Brasília e São Paulo conseguem ter essa perfeita miscigenação.”

Responsável pelo Centro de Tradição Gaúcha (CTG), do qual é “patrão” – termo equivalente a presidente -, Zortêa promove eventos e gosta de reunir pessoas de todos os cantos do país e do mundo. “Temos sócios que não são gaúchos, mas estão sempre nos jantares da tradicional Sexta Nativa onde há comida, música e dança típicas.”

Osmar Alves de Melo, presidente da Casa do Ceará, é de Iguatu (CE). Em 1963, chegou sozinho a Brasília, mas pouco tempo depois veio a família: o pai, a mãe e os 12 irmãos estão na capital federal. Na cidade, ele casou e teve três filhas.

O historiador e jornalista Adirson Vasconcelos chegou a Brasília, em 3 de maio de 1957 – veio do Recife para a capital para a cobertura das obras de inauguração. Ele se lembra com carinho do sentimento daquele dia. “O céu azul, com nuvens muito brancas, e o sol me abraçando me deixaram abestado e atônito”, relatou. Três anos depois, resolveu voltar e ficar.

Emocionada, Maria Estela Kubitschek, filha do ex-presidente Juscelino, busca na memória de mais de meio século as lembranças sobre a criação de Brasília. No aniversário da capital federal, ela confidenciou à Agência Brasil que não se contém ao ver o sonho do pai realizado: a cidade, idealizada por ele, reunindo pessoas dos mais distintos lugares e que percebem Brasília como um local de integração.

“O sonho de Juscelino Kubitschek de criar uma comunhão entre os brasileiros de várias regiões, raças, sotaques, neste país continental, numa verdadeira integração nacional, foi realizado”, afirmou Maria Estela que acompanhou a construção da cidade ao lado da mãe Sara e da irmã, Márcia.

Repórter Ceará – Agência Brasil

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