“Acho que a postura que ele deve ter é quanto mais calado, melhor, que aí as coisas fluem com mais tranquilidade”. A declaração foi do relator da reforma da Previdência no Senado Federal, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), sobre os últimos pronunciamentos do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
As palavras de Tasso foram declaradas para a Folha de S.Paulo, em entrevista.
Na ocasião, Tasso ainda afirmou que assuntos como a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente, para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos devem ser evitados “para não contaminar o ambiente”.
“Aquelas declarações, algumas iniciativas, ele pode suspender, por enquanto, para não contaminar o ambiente. Por exemplo, a indicação do filho como embaixador. O Senado é que vai respaldar ou não uma possível indicação para embaixador nos Estados Unidos. Qualquer coisa que venha contaminar o ambiente não é bom que venha do Poder Executivo”, disse.
Segundo o senador, a relação do governo com o Congresso é “horrorosa”.
Mudanças à proposta de reestruturação das regras de aposentadoria já chancelada pelos deputados devem ser feitas pelos senadores em uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) paralela, a ser preparada por Jereissati.
Além disso, o relator considera retomar o debate sobre a criação de um novo sistema de aposentadorias, a capitalização, no qual cada trabalhador faz a própria poupança.
Repórter Ceará com Folha de S.Paulo