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Incêndio na divisa entre Ceará e Piauí dura quatro dias e destrói propriedades

Há quatro dias um incêndio considerado de grandes proporções castiga a região no limite entre os municípios de Parambu (CE) e Pimenteiras (PI). Propriedades particulares de ambos os estados estão sendo afetadas pelas chamas e proprietários afirmam que ainda não calcularam os prejuízos, mas citam danos “irreparáveis”.

Desde quinta-feira, 12, de acordo com o Corpo de Bombeiros do Ceará, bombeiros de Tauá (CE) trabalham na ocorrência. No dia seguinte, o efetivo ganhou o reforço de agentes do batalhão de Picos (PI) e Crateús (CE), como confirma o comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, coronel Eduardo Holanda.

Suspeita de ‘interferência humana’

Segundo o tenente, esse tipo de ocorrência é considerada “atípica na área”. A suspeita é de que o fogo tenha sido provocado por interferência humana na região. A Prefeitura de Parambu foi procurada pela reportagem, mas não quis se pronunciar sobre o assunto.

“Além da divisa do Ceará, o fogo está no território do Piauí, mas estamos dando apoio, até mesmo pela proximidade. Além dos bombeiros do batalhão que fica em Picos, estamos apoiando as ações juntamente com bombeiros de Tauá e Crateús, tanto com homens, como viaturas e equipamentos”, detalha.

Moradores montaram frentes de serviço e usam caminhões-pipas e baldes na tentativa de apagar o fogo. Informações do tenente Alysson Rangel, sub-comandante do Corpo de Bombeiros de Picos, apontam que na manhã deste domingo, quarto dia de queimadas, as chamas se intensificaram. As equipes permanecem no local, agora com o reforço de Canindé.

‘Perdi minha reserva’

Veridiano Pereira Loiola, dono de uma propriedade na Serra dos Cariás, zona rural de Parambu, afirma que os primeiros focos de incêndio aconteceram às 15h30 de quinta-feira. As chamas começaram no local conhecido como Serra do Ivoneide. Segundo Loiola, o Corpo de Bombeiros de Tauá foi acionado e só chegou ao local já de noite (não foi informado o horário preciso). Os agentes estiveram combateram as chamas, mas devido ao difícil acesso a guarnição teve que retornar.

“Queimou minha terra toda. Ainda não contabilizei, mas o prejuízo foi grande demais. Perdi minha reserva de mata velha (feita para alimentar o pasto), cerca e duas fiações elétricas. É irreparável”, descreve o proprietário.

Já Rogério Possidônio, outro fazendeiro da região, estima que 100 hectares de sua propriedade foram destruídos. Se calcular o valor da cerca recém construída e atingida pelo fogo, o prejuízo pode ultrapassar os R$ 200 mil. O pasto nativo foi destruído e acesso a água é difícil na região.

Repórter Ceará com informações do G1-CE

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