Home Editorial Editorial: Cirilo e Rômulo – A conversa após 20 anos

Editorial: Cirilo e Rômulo – A conversa após 20 anos

Nos últimos 20 anos, o ex-prefeito Cirilo Pimenta e o ex-deputado Rômulo Coelho foram de lados opostos em Quixeramobim, no Sertão Central. E ainda são. Contudo, os quixeramobinenses ouviram da boca do ex-vereador Rômulo Filho que as duas lideranças políticas sentaram e conversaram, em data que ele resolveu resumir em “um dia”.

A conversa, que ocorreu na Terra dos Monólitos (Quixadá), alimenta a dinâmica da política. É certo que o diálogo não é motivo suficiente para destacar que uma chapa será formada a fim de disputar a Prefeitura de Quixeramobim nas Eleições de 2020. Porém, o assunto gera especulações, já que os bastidores políticos do município estão movimentados.

Cirilo e Rômulo já foram aliados políticos, compondo uma chapa, na década de 90, para a disputa pelo Paço Municipal. Na ocasião, Rômulo foi vice de Cirilo. Após isso, ambos romperam relações. A partir disso, suas disputas foram iniciadas e Rômulo se tornou o principal nome da oposição ao ex-prefeito, que governou Quixeramobim por três mandatos (1997-2000, 2001-2004 e 2013-2016).

2012 foi o ano da última disputa de Rômulo (pelo PSB, a época) contra Cirilo (pelo PSD, a época). Na ocasião, Coelho conseguiu alcançar 19.412 votos (46,06%) contra 22.733 de Pimenta (53,94%).

Hoje, a ideia de que política não se faz sozinho se concretiza, mas, há tempos, ela já havia se tornado uma verdade irrefutável. As duas lideranças municipais antagônicas sentaram e conversaram, por algumas horas, sobre Quixeramobim e assuntos políticos, após discursos, críticas e palanques que fizeram a cidade se dividir em dois eleitorados, como também, anos sem diálogo, que, caso tenha ocorrido, a mídia não tomou conhecimento por não ter sido feito nenhum anúncio.

Que se observe. Querendo ou não, mesmo com a negação de Rômulo Filho que a conversa não tenha tido foco em uma aliança, o poder pode afastar e aproximar lideranças e qualquer assunto que aborde política irá convergir com 2020, respingando, consequentemente, nas eleições municipais.

Nada como o tempo.

Editorial do Repórter Ceará

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