Uma pesquisa divulgada ontem pelo jornal Diário do Nordeste aponta que a maioria da população cearense tem maior preferência por políticos experientes do que por nomes novos. Essa informação é importante porque ajuda a traçar um cenário mais realista para as eleições municipais do próximo ano, principalmente em Fortaleza, que é tema do minuto de hoje.
Na capital, o PDT está empenhado em encontrar um sucessor para o prefeito Roberto Cláudio, que completará seu segundo mandato com uma gestão marcada pelo isolamento burocrático e por uma popularidade que deixa a desejar. Nesse sentido, nomes como o do presidente da Assembleia, José Sarto, e até do próprio Cid Gomes, têm sido mencionados como alternativas de sucessão.
Mas enquanto os governistas se mantêm num quadro de indefinição diante das negociações internas, do outro lado da disputa, um dos nomes da oposição ganha destaque nas pesquisas. Em um levantamento divulgado em março deste ano pelo instituto Paraná Pesquisas, o deputado federal Capitão Wagner lideraria com folga a corrida eleitoral em Fortaleza.
Wagner se tornou conhecido após liderar a greve da polícia militar em 2011, se elegendo a vereador no ano seguinte. Em 2014, foi o deputado mais votado do Ceará, e no ano passado recebeu mais de 300 mil votos, o que lhe garantiu um assento na Câmara federal. Apesar de todo esse sucesso eleitoral, é preciso lembrar que o capitão perdeu as eleições para a prefeitura de Fortaleza em 2016, quando foi derrotado pelo prefeito Roberto Claudio.
Levando em consideração todas essas questões, o que temos hoje é um cenário eleitoral de instabilidade, porque, apesar do Capitão Wagner liderar com vantagem, só será possível entender melhor o quadro político da capital quando os governistas definirem um nome para a disputa municipal. A depender da força ou da fraqueza do nome escolhido, o Capitão poderá se fortalecer ou até mesmo ver reduzida sua vantagem política.
1 Minuto com Sérgio Machado
