Wanessa Camargo está mais leve. Ela falou com o UOL sobre a nova fase da carreira e o seu processo de autoconhecimento após sofrer de depressão. Segundo a artista, a doença a ajudou no processo de composição do novo EP.
“Fiz uma das músicas mais lindas, que se chama Não Desiste Não, que fala sobre isso. Ainda vou lançar. Sempre tem o outro dia. Quando estamos triste assim, temos que parar e respirar que vai passar. No mundo em que a gente vive, afastado um do outro, mais conectado em telas, nós precisamos voltar a ter esse contato, essa preocupação com o próximo”, observa.
Wanessa deixa claro que sua depressão não foi motivada por nenhum problema específico ou dificuldade. “Foi uma fase triste que eu tive, que não tem nada a ver com uma vida que tenha algum problema de fato. As pessoas têm muito preconceito com quem, aparentemente, tem tudo, mas não está feliz. Eu conheço gente que tem tudo e está muito infeliz”, desabafa.
Ao fazer terapia, a cantora se livrou ainda de lembranças mal resolvidas do passado. “Tive muitos traumas. Teve o sequestro do meu tio, fiquei com muito medo de sair na rua com medo de ser sequestrada. Tive que tratar isso”, relembra ela, citando o caso em que o tio Wellington Camargo foi feito refém em 1998, em Goiânia (GO) e teve parte da sua orelha cortada e enviada à família.
A cura de Wanessa veio de formas diferentes. A artista evita atribuir apenas um fato a sua melhora e reconhece toda a ajuda que recebeu no período em que estava em tratamento.
“Cada pessoa tem uma forma diferente de se curar. No meu caso, foi um trabalho de autoconhecimento na terapia, minha família sempre presente e uma rede de amigos, que me deram a mão quando mais precisei”, relembra emocionada.
Repórter Ceará com Portal UOL (Foto: Manuela Scarpa/Brazil News)
