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A importância do dinheiro nas eleições

Brasília(DF), 17/06/2019 - Dinheiro, Economia, Bolsa de Valores, Real, aumento, Baixa, money, gráficos - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Apesar da grande rejeição social que a medida provoca, o Congresso Nacional aprovou, no início desta semana, o Fundo Eleitoral de 2020, que contará com nada menos que R$ 2 bilhões, montante que deverá ser distribuído entre os partidos políticos e utilizado para irrigar as campanhas municipais do próximo ano.

O Fundo Eleitoral foi criado como uma maneira de compensar a proibição ao financiamento de campanhas eleitorais por pessoas jurídicas. Mas depois da campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro, uma das mais baratas da história, a pergunta que fica é se o dinheiro ainda é um dos fatores determinantes do resultado das eleições.

A resposta mais correta é “sim”: o dinheiro ainda decide eleições. Prova disso é que em 2018 a maioria dos eleitos gastou 11 vezes mais em campanha do que aqueles que não conseguiram se eleger. E quando se olha para os municípios, é possível constatar que, na maioria das vezes, a máquina política favorece quem aplica mais recursos nela.

E isso se explica por duas razões principais. A primeira diz respeito ao investimento em eventos públicos, como passeatas e comícios e em propaganda no rádio, na Tv e nas ruas. Por outro lado, a segunda razão tem a ver com as velhas práticas que permeiam a política, como a compra de votos e a troca de favores entre eleitores e candidatos.

Mas é preciso ressaltar que, como toda regra, essa também tem as suas exceções. Nas eleições municipais de 2016, por exemplo, Cirilo Pimenta foi derrotado pelo seu oponente, que gastou muito menos que ele. Isso é um indicativo de que o dinheiro é apenas um dos fatores que definem as eleições, podendo ser limitado por questões como corrupção, popularidade ou renovação.

1 Minuto com Sérgio Machado

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