Em publicação feita no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira, 21, a Controladoria Geral da Disciplina (CGD) instaurou Conselho de Disciplina para apurar a conduta do ex-deputado federal cabo Flávio Sabino (Avante) e “a incapacidade moral do mesmo de permanecer nos quadros da Polícia Militar do Ceará”. A informação estão nas páginas 94 e 95 do DOE.
Sabino é um dos líderes do movimento de paralisação dos PMs do Ceará. Por conta de ter exercido mandato político, Sabino foi para a reserva remunerada, mas permanece sujeito ao Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros, por isso, foi determinada que seja retida sua identificação funcional, distintivo, arma e algema e “qualquer outros instrumento de caráter funcional que esteja em posse do servidor”.
A publicação informa que o Cabo, junto com a Associação das Esposas de Militares, “convocaram os policiais e familiares para se fazerem presentes no 18º BPM com o objetivo de obstruir o serviço e iniciar o movimento de paralisação, tendo em seguida, homens mascarados, mulheres e crianças se aglomerado no local, dando início ao movimento que se difundiu durante a noite em outras unidades policiais da Capital e do Interior do Estado, que segundo alguns levantamentos colhidos, a adesão chegou a envolver no movimento paredista cerca de 18 (dezoito) OPMs na Capital e no Interior do Estado.”
Na publicação do DOE, são citadas ainda declarações em vídeo na qual ele pede que os policiais parem, fala sobre a paralisação, da disposição de manter o movimento até haver negociação e critica o governo, responsabilizando o governo pelas mortes que houver. Além disso, é citado o histórico do Cabo como líder de paralisações e dirigente de associação.
Repórter Ceará com O POVO (Foto: Francisco Fontenele/O POVO)
