Após a deflagração da Operação Dispneia nessa segunda-feira, 26, pela Polícia Federal, para apurar irregularidades nas aquisições de 150 respiradores pela Prefeitura de Fortaleza e o Instituto Dr. José Frota (IJF) para tratar pacientes com Covid-19, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) se manifestou acerca da comparação de preços feita pela PF e classificou como “um dos pecados capitais da investigação.”
Conforme a PF, cada respirador comprado pela Prefeitura e IJF custaram cerca de R$ 234 mil, enquanto outras prefeituras e instituições brasileiras, segundo a investigação, haviam adquirido o mesmo equipamento por R$ 60 mil. O Governo do Ceará comprou o mesmo produto por R$ 117 mil.
“Um erro grosseiro de comparar numa mesma tabela diferentes equipamentos, comprados em épocas diferentes, algumas relativas a 2019, outras no começo do ao, antes da pandemia. Comparam equipamento de R$ 69 mil com um de R$ 230 mil como se ambos fossem iguais”, disse Roberto Cláudio em live na noite de ontem.
Conforme a PF, a Prefeitura e o IJF haviam firmado dois contratos, que somam R$ 33,8 milhões. Desse valor, R$ 22,7 milhões já foram pagos à empresa BuyerBR Serviços e Comércio Exterior Ltda. Em nota, a gestão informou que ambos os contratos foram cancelados e o dinheiro será integralmente devolvido aos cofres públicos. Uma parcela no valor de R$ 5,1 milhões já havia sido depositada no cofre municipal.
Luciana Lobo, secretária-chefe da Controladoria Geral de Fortaleza, afirmou que, ao perceber que o produto não seria entregue no prazo, a Prefeitura rescindiu o contrato (celebrado no dia 30 de abril deste ano) dentro do prazo específico contratual.
Há chances de a Prefeitura receber uma multa porque, conforme Luciana Lobo, é previsto no contrato multa no valor de 100% da aquisição, caso a contratada não consiga explicar porque não ocorreu a entrega no prazo determinado.
Nessa segunda-feira, a Prefeitura e o IJF demonstraram surpresa e indignação com a operação e, em nota, enfatizaram que “não existe possibilidade da mesma encontrar qualquer desvio de recurso público”.
“Torna-se notavelmente estranha a ação conjunta de órgãos federais, com fortes tendências e características político-midiáticas, especialmente pelo fato de que é integralmente falsa a informação acerca do uso de recursos públicos federais. Importante reiterar que 100% dos recursos utilizados são oriundos de fontes municipais”, destacou a nota.
Repórter Ceará (Foto: Reprodução/Facebook)
Não acreditei em uma palavra da PF. Jamais deixaria de acreditar na para do Prefeito Roberto Cláudio, como também no nosso Governador Camilo Santana. Quem sabe nosso Presidente da República.Tambem sei quem está por trás disso tudo.Um forte abraço aos governantes. Camilo e Roberto.