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1 Minuto com Sérgio Machado – A pandemia e o impacto sobre a economia

Como já discuti em outros minutos que nós estamos lançando desde o mês de março, essa crise deflagrada pela pandemia do novo coronavírus é uma crise multifacetada, porque ela não atinge apenas a área da Saúde, que, como nós sabemos, já estava bastante fragilizada antes mesmo de qualquer vírus chegar. Ela atinge também a Educação, a Assistência Social, o setor de Serviços, a Indústria, o Comércio e toda a Economia.

E o impacto que a pandemia tem sobre a atividade econômica se dá pelo fato de que praticamente tudo está paralisado, não só no Brasil, mas no mundo todo. Quase ninguém sai, quase ninguém entra, pouco se produz e pouco se compra. E essa alteração brusca na quantidade consumida e produzida pela sociedade tem o grande potencial de levantar ou de derrubar a Economia de uma nação.

Em comparação com os demais países assolados por esse vírus, a situação do Brasil é particularmente preocupante porque há menos de dois anos que a economia brasileira voltava a crescer positivamente, superando a maior recessão da sua história recente. E agora, antes de completar seu ciclo de recuperação, somos novamente empurrados na ingrata e sofrida ladeira da recessão.

Outro agravante dessa situação que temos enfrentado é que, em um país como o Brasil, onde consumo é o responsável por quase dois terços do PIB, não há como falar em pandemia, em quarentena ou em isolamento social sem sequer mencionar e debater – mesmo que em segundo plano – os impactos que a crise gera sobre a economia.

Desemprego, fechamento de empresas, queda na produção, perda de postos de trabalho, fim de parcerias comerciais, endividamento público e privado, crise de confiança, aumento do dólar, queda da bolsa são algumas das consequências mais visíveis e latentes em um cenário de paralisação quase total de uma cadeia produtiva.

Eu sei que pode até parecer antiético, ou até mesmo desumano da minha parte, falar em economia quando milhares de famílias estão sendo forçadas a sepultar seus mortos todos os dias.

E não, eu não acredito que a Economia se sobreponha às vidas, porque, antes de tudo, entendo que não há economia se não houver vida. Mas também entendo que este é o momento de traçar estratégias inteligentes, prudentes e eficazes que permitam a abertura lenta e gradual da economia, acompanhada de uma campanha de conscientização sobre a necessidade do distanciamento social para que essa abertura não resulte em uma nova onda de mortos e infectados pelo coronavírus.

1 Minuto com Sérgio Machado

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