Home Editorial Editorial: Quixeramobim continua com mais pré-candidatos do que certezas eleitorais

Editorial: Quixeramobim continua com mais pré-candidatos do que certezas eleitorais

Por conta da pandemia, o palco de discussões e decisões políticas em Quixeramobim, no Sertão Central cearense, não é visível para a população, no entanto, é nos bastidores – como sempre – que as principais medidas são tomadas, como a saída de Guida Pimenta, chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal, e de Fernando Rony, secretário da Educação do município, de suas respectivas titulações na administração local para disputar, eventualmente, um cargo no Executivo da cidade.

O futuro de ambos ainda não foi revelado, mas os sussurros apontam que Rony deve compor uma chapa para o pleito eleitoral, seja para vice ou para o cargo de prefeito, trazendo a marca de resultados na área da Educação que o colocam como nome viável para a disputa. Além do grupo de Clébio Pavone, forma-se o “Sem vaidade e sem egoísmo”, grupo criado com vários partidos contra a aliança dos ex-prefeitos Cirilo Pimenta (PDT) e Edmilson Correia (PSD), apadrinhada pelo presidente do PSD Ceará, Domingos Filho. No entanto, ninguém quer tirar o doce da boca da criança.

Apesar de estarem no mesmo bloco, as lideranças e os pré-candidatos não chegaram a um consenso de quem há de representá-los na disputa, já que todos querem ser cabeças de chapa e ninguém quer ser vice.

No geral, o PT continua firme na pré-candidatura de Pedro Coelho, com o apoio do deputado federal José Guimarães e do presidente municipal da sigla, Paulo Ferreira; Neto Nogueira e José Maria Pimenta, ambos do PTC, querem seus nomes no pleito; Tarso Borges largou o PSD para o PSB, o que revelou um inesperado distanciamento com Cirilo, uma incógnita em relação a Edmilson e uma aproximação com o advogado Karlos André e o médico Dr. Carlos Roberto Mota Almeida. O PROS, do deputado federal Capitão Wagner, conta com Marcos Rogério, vice de Clébio, e Carlinhos Contador. E quanto ao atual prefeito de Quixeramobim, sua vida política está “entregue a Deus”, conforme ele mesmo declarou, porém, Pavone tem fortalecido o PP no município, com o apoio de Zezinho e AJ Albuquerque, devendo ser candidato, sim, a reeleição.

Fato é que pouco se sabe dos desdobramentos, já que o PDT quer a Prefeitura de Quixeramobim e, recentemente, o presidente do partido na cidade, João Victor Santiago, deixou subentendida uma possível aliança com o PSL, que, sem surpresa, vem sendo acompanhado por Cirilo. O ex-partido de Bolsonaro, no entanto, não caminha integralmente com o presidente da República, já que está dividido. Afrânio Feitosa, presidente da sigla na cidade, já revelou discordar do presidente quanto ao isolamento social, mas a profundidade da dissonância política é um campo em total breu.

Levando em consideração que Edmilson é do PSD, que está aliado ao PDT, e que o médico Rômulo Coelho é do MDB, do ex-senador Eunício Oliveira, o apoio de ambos é crucial para definir a próxima chapa vencedora do Executivo de Quixeramobim, em razão dos dois desfrutarem de forte apoio popular na cidade. Ainda há que se destacar os Ferreira Gomes e o governador Camilo Santana (PT), que tornam a situação ainda mais incerta, já que Pedro integra o mesmo partido do gestor estadual, o PP de Clébio ser da base de apoio do Governo do Estado, além de Tarso e Cirilo gozarem de apoio dos Ferreira Gomes.

A conclusão de todo o arranjo é uma total desarmonia, ainda, que não apresenta um espetáculo concreto, digno de ser apreciado pelos quixeramobinenses.

Editorial do Repórter Ceará

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