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Empresário de Senador Pompeu acusa prefeito de superfaturar contrato para desvio de dinheiro público

O prefeito de Senador Pompeu, Maurício Pinheiro (PDT), foi acusado pelo empresário Ernani Teles de Castro Júnior, proprietário do aterro sanitário no município e da DFL Serviços de Limpeza Urbana, de superfaturar o contrato da gestão com a empresa para desvio de dinheiro público.

Em novembro de 2018, a Prefeitura, através de dispensa de licitação, contratou a DFL para depósito de resíduos sólidos da cidade no aterro sanitário. Segundo Ernani, o valor utilizado no contrato foi o de 2016, sendo R$ 1 por habitante, sendo firmado em R$ 26 mil, por 12 meses.

Conforme o relato do empresário ao radialista Walter Lima, da FM Humaitá, no período de renovação do contrato, Maurício apresentou um valor superfaturado, para que metade do dinheiro fosse devolvido para ele. A DFL não aceitou.

“Não devolvo dinheiro nenhum. Prefeito que tiver consciência ambiental e respeito com as contas e com o dinheiro público pode nos procurar para contratar, porque, se tem uma empresa que não devolve dinheiro para prefeito, é a DFL. Eu desafio o Maurício. Se é mentira minha, então renove o contrato […] Eu tenho como provar o que estou dizendo. Você [Maurício] esteve na minha sala e trouxe a proposta, não só para eu lhe devolver metade do valor do contrato do aterro sanitário, como também, queria que eu viesse tomar conta da limpeza de Senador Pompeu para lhe devolver propina de R$ 50 mil”, declarou o Ernani.

Atualmente, por decisão liminar judicial, a Prefeitura de Senador Pompeu ainda utiliza o aterro sanitário. Em nota divulgada no mês de maio, a DFL destacou que a administração pública deve providenciar seu próprio aterro sanitário para depósito de resíduos sólidos, já que, em agosto próximo, encerra-se o período de vigor da liminar, onde será realizada audiência para tratar do assunto.

“Você [Maurício] providencie um local para mandar o lixo, porque, a partir de agosto não recebo mais os resíduos sólidos de vocês e nem tenho interesse em renovar o contrato”, enfatizou o empresário.

No contrato com a DFL, a Prefeitura destacou que, para ser construído um aterro sanitário, na época, seria necessária uma quantia “vultuosa”, que a gestão não possuía no momento, conforme a administração, no total de R$ 6,3 milhões (R$ 6.369.433,00).

A reportagem entrou em contato com o prefeito, que afirmou estar “tomando todas as medidas cabíveis quanto às declarações intempestivas”. Segundo ele, o relacionamento entre a DFL e a Prefeitura “já vem litigioso desde dezembro” de 2019.

Repórter Ceará (Foto: Arquivo/SMC)

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