Home Comentários 1 Minuto com Sérgio Machado – A desordem urbana de Quixeramobim

1 Minuto com Sérgio Machado – A desordem urbana de Quixeramobim

Desde a semana passada que alguns ouvintes têm entrado em contato com a nossa redação para expressar seu descontentamento com a construção de um estabelecimento comercial nas dependências da Praça da Matriz.

De acordo com as informações que nós recebemos, no local havia uma espécie de trailer, uma estrutura removível que abrigava um empreendimento comercial que estava em funcionamento há muito tempo. Mas, recentemente, essa estrutura foi desmontada e, agora, no seu lugar está sendo construído um prédio de alvenaria.

É claro que o problema não é a construção em si e muito menos o fim comercial que ela atenderá. O problema em questão é o lugar onde essa construção está sendo erguida, dentro de um recorte urbano que abriga um dos mais ricos acervos históricos, culturais e arquitetônicos do nosso Estado e do nosso País.

Naquele entorno, nós temos, pelo menos, duas estruturas de grande importância para a nossa identidade social, como a Igreja Matriz, considerada um Patrimônio Histórico Municipal, e a já citada Casa de Câmara e Cadeia, que, ainda no século passado, foi tombada como Patrimônio Histórico Nacional.

E é justamente a presença de prédios como esses que confere àquele espaço um caráter peculiar, colocando-o sob uma jurisdição especial. Há normas, por exemplo, que proíbem a construção de prédios ou de quaisquer outras estruturas que alterem a ventilação ou visibilidade ou até mesmo que perturbem a harmonia arquitetônica do lugar.

E como sabemos, esse episódio da Praça da Matriz não é um caso isolado, mas mesmo assim ele se tornou uma das mais fortes expressões da desordem urbana que tem tomado conta da nossa cidade, onde os problemas começaram a se agravar na década passada, quando teve início uma explosão no mercado imobiliário local, com dezenas de casas sendo construídas da noite pro dia, sem sequer respeitar as normas estabelecidas pelo Plano Diretor da cidade.

E não são só as casas. Temos também as garagens, as placas, os painéis, as ruas e as calçadas irregulares e mal conservadas, que transformam numa aventura o simples ato de andar pelo centro municipal.

Diante disso, é preciso que a Câmara de Vereadores, o Ministério Público e a Prefeitura intervenham, paralisando obras e multando os seus responsáveis. Os recursos arrecadados com essas multas podem ser investidos na infraestrutura urbana, como reforma e a manutenção do passeio público municipal, por exemplo.

Já está na hora de começarmos a colocar um pouco de ordem nesse caos, pois solução é o que não falta, o que falta é atitude para agir!

1 Minuto com Sérgio Machado

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