Seria incoerência minha caso não reconhecesse que, dentro de qualquer pleito eleitoral, há veículos de comunicação que tomam partido e adotam um candidato como seu, defendendo-o de qualquer acusação e evitando ofertar espaço para outros postulantes. No entanto, sinto informar aos que fazem esse tipo de ação, que tal ato não faz parte da democracia.
Um dos princípios da comunicação e do próprio jornalismo é o critério da imparcialidade. Ou seja, levar a informação, nua e crua, sem rodeios, floreios, favorecimento ou depreciação de alguém. No entanto, esse pilar começa a ruir e vira pó quando o direito de um candidato divulgar suas propostas é cerceado.
Infelizmente, é uma realidade. Estou no ramo da comunicação há muito tempo e carrego isso de família. Há mais de 30 anos, o Sistema Maior de Comunicação tem prestado relevante serviço para a população, ouvindo a todas as partes e preservando a isonomia de pronunciamento a todos, principalmente no período eleitoral. Assim, nós continuamos ajudando a construir a comunicação no interior do Estado.
Zelo, responsabilidade e seriedade são palavras que devem estar sempre presentes no vocabulário dos comunicadores. É preciso escutar todas as partes para que a população tenha o direito de escolher, tendo pleno conhecimento dos candidatos e de suas propostas. Ser parcial durante uma campanha eleitoral e impedir que outros postulantes participem de entrevistas, é retirar do cidadão o direito de escolha, obrigando-o a focar somente em um ou dois nomes. A democracia e a liberdade de expressão são amplas e essenciais. Sem elas, a comunicação como conhecemos hoje, talvez nem existisse.
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