O Brasil vive o auge da segunda onda da pandemia, mas isso não está impedindo nenhum dos articuladores políticos de começarem a traçar estratégias visando os cargos das eleições de 2022. No Ceará, as cortinas do palco partidário se movimentam a cada passo, principalmente dos aliados do governador Camilo Santana, que deixará o Governo do Estado após dois mandatos consecutivos.
A dificuldade que se estabelece no campo dos apoiadores é sobre quem comporá a chapa para a candidatura ao Governo. Especula-se que Izolda Cela, a vice-governadora, Mauro Filho, o secretário de Planejamento do Ceará, e Roberto Cláudio, o ex-prefeito de Fortaleza, estão na mira do PDT para ocupar a cabeça da chapa, já que o partido quer indicar o sucessor de Camilo por ser a maior sigla do Estado, de acordo com o presidente estadual pedetista, André Figueiredo.
Seguindo essa linha, PSD, PT e os demais partidos aliados devem se articular para ocupar as duas vagas restantes, que são a vice na chapa do Governo e o cargo de senador, que será deixado pelo tucano Tasso Jereissati. Para isso, Domingos Filho, ex-vice-governador, quer que o filho e atual deputado federal, Domingos Neto, caminhe ao lado do futuro chefe do Executivo Estadual. No entanto, não será tarefa fácil, já que Camilo pertence aos quadros do PT e a legenda não dispensa uma disputa na majoritária.
Nessa vertente, muitos nomes serão jogados aos eleitores para observar a popularidade diante dos cearenses. Será uma espécie de teste, até firmar qual será a chapa candidata a sucessão. Até 2022, muitos rumos devem ser tomados pelos partidos da base do Governo, mas todos devem se convergir ao final da discussão, caso o PDT e PT queiram manter a chefia no Estado e PSD queira entrar no Executivo.
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