Quixeramobim perde um munícipe a cada dia para a Covid-19. Somente nesse dia 10 de maio foram três filhos da terra que partiram e deixaram um vazio no seio de suas respectivas famílias. A cada dia, mais e mais doses de insegurança e temor de perder a vida para uma doença que já possui vacina se instalam na cidade.
Com uma vida ceifada a cada dia, a cidade acumula mortes que a põem na liderança, dentre 20 municípios, como a que mais tem óbitos pelo novo coronavírus no Sertão Central. São casos de pessoas que perderam pai e mãe em menos de 15 dias, que viram parentes, amigos próximos, vizinhos e conhecidos partirem e não tiveram a chance de se despedir. Infelizmente, pelo andar da carruagem, os números tendem a aumentar.
A fiscalização para cumprimento das medidas de segurança e controle da Covid-19 é deficitária. Não impede que atos ilícitos, como aglomerações na zona rural e até mesmo na cidade, aconteçam. No somatório, entra a ação da população, que ainda não se conscientizou de seu papel crucial na pandemia, que é de manter os cuidados mesmo quando os números estão baixos – imagine, agora!
Infelizmente, até a zona rural está afetada, com grandes distritos já registrando alto número de infectados. Na cidade, não há o que mencionar. Enquanto isso, os hospitais estão lotados de pacientes, contando com as pessoas mais graves, que seguem entubadas. Além disso, há a UPA. Nesse caso, deixo a frase de uma munícipe: “o desespero lá é tão grande, que chega dói a alma.”
Foto: Tiago Stille
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