O processo seletivo para contratação temporária de pessoal em Quixeramobim foi suspenso novamente. Mesmo com uma equipe experiente, a gestão não consegue liderar um certame sem que órgãos de controle intervenham e apontem recomendações.
Nesse ritmo, sendo essa a segunda vez que a seleção foi interrompida temporariamente, o que aparenta é que a própria administração deseje que seja assim. Basta pensar que, com décadas no Poder, Cirilo não é gestor de primeira viagem e não deixaria brechas bobas serem cometidas em um assunto tão crucial no momento, que são vagas de empregos.
Se for do querer que a seleção permaneça suspensa, o mais óbvio é que seja para a indicação de qualquer pessoa, sem ser preciso realizar o processo seletivo. Assim, o Município toma proveito da situação e pede autorizações judiciais para indicar quem bem entender.
Quem sofre, nesse contexto, é a população que, humilhada e sem emprego, vê definhar uma das poucas chances de conseguir ter sustento e viver dignamente, mesmo com a inflação na casa dos dois dígitos. Informalmente, é uma farra, que zomba do povo no mais alto grau do sarcasmo. De forma culta, é um desrespeito, carregado de aspereza e desprezo que refletem a falta do sentimento público, a ausência do ‘querer gerir’ a cidade e beneficiar as pessoas do município.
Com isso, se beneficia quem está no comando do Executivo, como também, seus aliados, que podem apontar dedos à vontade e lotar os cargos no município. É vantajoso demais para a Prefeitura. É como uma mão cheia de milho, onde a galinha é a gestão, que está pronta para encher o papo, pouco a pouco.
1 Minuto com Sérgio Machado (Foto: Jândreson Gomes)
