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Quixeramobim: Mesmo com contrato milionário com o Instituto, paciente do Pontes Neto revela ter que pagar exame na rede privada

O Instituto de Gestão Hospitalar e Saúde (IGHS), Organização Social de Saúde (OSS) que passou a gerenciar o Hospital Regional Dr. Pontes Neto (HRDPN) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Quixeramobim, no Sertão Central, já recebeu dos cofres públicos quase R$ 10 milhões desde que começou a operar no município, em 2021.

Em consulta no Portal da Transparência, já constam 53 pagamentos, totalizando R$ 9.599.999,96 (Nove milhões, quinhentos e noventa e nove mil, novecentos e noventa e nove reais e noventa e seis centavos). O contrato para gerenciar o HRDPN é o de maior valor, com repasse de R$ 1,6 milhão por mês, totalizando R$ 19,2 milhões por ano. O documento que trata sobre a gestão da UPA traz um valor contratual firmado em R$ 800 mil por mês, com repasse anual de R$ 9,6 milhões. A soma dos dois contratos chega ao patamar de R$ 28,8 milhões anualmente.

O IGHS é o maior fornecedor da Prefeitura Municipal de Quixeramobim. Seu contrato é ainda maior que do Compartilha (instituto anterior), porém, nos últimos dias, a reportagem recebeu a informação de que pacientes estariam tendo que pagar exames no sistema privado de saúde, por conta da ausência de determinados procedimentos no HRDPN e na UPA.

Em um dos casos, familiares de uma paciente que estava internada informaram que a família teve que efetuar o pagamento do exame de hemoglobina glicosilada por não ter no Hospital Pontes Neto. O relato feito ao site aponta que com o aumento do valor do contrato, o esperado era a ampliação dos serviços ou manutenção de alguns exames ofertados ao público.

O IGHS foi criado em 5 de janeiro deste ano, conforme dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), ou seja, não há histórico de trabalho e experiência em outras unidades de saúde no Ceará, o que se torna incongruente com o tamanho do contrato e sua importância de execução no município.

O Repórter Ceará entrou em contato com o Instituto, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.

Repórter Ceará

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