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Delegadas suspeitas de liderar esquema de extorsão e tortura no Ceará passam a usar tornozeleira eletrônica

As delegadas da Polícia Civil Patrícia Bezerra de Souza Dias Branco e Anna Cláudia Nery (ex-titular das delegacias de Quixeramobim e Quixadá, no Sertão Central) passaram a usar tornozeleira eletrônica após a Justiça obrigar que mais de 20 policiais civis fossem monitorados. As duas são suspeitas de liderar um esquema de extorsão e tortura no Ceará.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), um grupo de policiais montou um esquema para extorquir dinheiro de traficantes. Eles utilizavam “informantes” de facções rivais para delatar criminosos com dinheiro que seria tomado por policiais, havendo tortura em alguns casos.

Além das duas delegadas, outros 20 inspetores da Polícia Civil e um escrivão também estão sendo monitorados com tornozeleira. As duas agentes de segurança são investigadas por suspeita de liderarem um grupo acusado por crimes como extorsão, corrupção, associação criminosa, tráfico de drogas, falsidade ideológica e peculato.

Anna Cláudia Nery está afastada das funções na Delegacia da Mulher, enquanto Patrícia Bezerra foi distanciada da Assessoria Jurídica da Polícia Civil do Ceará.

Os sindicatos e entidades que representam esses policiais pedem a retirada do equipamento. A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Ceará (Adepol-CE) afirmou que entrou com um recurso pedindo a revogação da decisão.

Para o Ministério Público do Estado, o uso da tornozeleira eletrônica é uma medida “ainda suficiente”, considerando as acusações suspeitas que pesam contra os policiais. A Justiça do Ceará entendeu que era o caso de uso do equipamento.

Repórter Ceará (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)

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