As noites de sábado voltam a ecoar os sons melodiosos do cancioneiro da Era de Ouro do Rádio Brasileiro, quando as emissoras contratavam os grandes cantores e cantoras e estes divulgavam suas gravações pelas ondas da radio transmissão. Por esse meio chegavam aos rincões mais longínquos a voz de Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Nelson, Ângela e tantos mais. Assim, os jovens deste Sertão Central escutavam e cantavam suas canções preferidas. Com o passar do tempo os cabelos embranqueceram, mas a memória guardou e a voz repete os sons e letras criados por Noel Rosa, Braguinha, Bororó, Cândido das Neves, Adelino, Evaldo e Jair Amorim e tantos mais.
Em nossa Quixeramobim nasceram bons instrumentistas e afinados cantores que, até os anos 60 e 70, saiam pelas ruas em altas horas para cantar nas calçadas de suas amadas. Um desses cantores depois formou um Grupo Musical com seus instrumentistas preferidos – falo do “COROAS da SAUDADE”, liderado por Zé Artur Costa, que se acompanhava por Dico Alexandre, Dedé Paulo, Antônio Alexandre, Tenilson e João Pinheiro. Alguns desses músicos, Zé Artur e outros cantores e cantoras do grupo se reorganizaram para levar à frente o projeto “RESGATANDO A BOEMIDADE”, iniciado em setembro de 2011. Além de Isa Caetano e Marinete, vindas do antigo Grupo, se agregaram Paulo de Tasso, Zé de Melo, Magda Saraiva, J. Martins, Evandro Brilhante e outros. Tivemos também os saudosos Pedro Azevedo e Miguel de Paula.
Os encontros quinzenais foram interrompidos em março de 2020 com o advento da pandemia, que hoje está controlada, e foram liberados eventos com público limitado, permitindo que os membros desse projeto voltem a atuar para a alegria do seu público fiel que anseia por esse saudável lazer.
Desse modo, adaptando a letra de Adelino Moreira posso dizer:
“Boemia aqui nos tem de regresso
Voltamos pra rever os amigos que um dia
A Pandemia afastou
Nós voltamos!
A BOEMIDADE voltou novamente
Vamos atender um público fiel
Vamos rever os amigos leais
Vamos sonhar em novas serenatas
É assim que nos mantemos “legais”
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