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Artigo: Brasil precisa de mais livros e menos armas

A partir da política de flexibilização do Estatuto do Desarmamento, o registro de novas armas de fogo nas mãos de civis bateu um recorde em 2021, atingindo a marca de 204,3 mil artefatos licenciados pela Polícia Federal. É uma alta de 300% em relação às 51 mil peças registradas em 2018, antes de o presidente Bolsonaro assumir a promessa de facilitar o acesso às armas para cidadãos comuns.

Não precisa ser especialista para verificar que essa profusão de armas não reduziu as taxas de homicídios no Brasil e ainda fez crescer o poderio das facções e milícias nos estados. O governo federal vai na contramão do mundo. Enquanto vários países como os Estados Unidos estão lutando para limitar o acesso às armas, tendo em vista o grande número de tragédias que assistimos diariamente, Bolsonaro continua propagando a (falsa) ideia de defesa pessoal, além de desviar as Forças Armadas e a Polícia Federal das suas funções constitucionais de defesa das fronteiras e combate às drogas.

Na verdade, precisamos de políticas nacionais voltadas para leitura e qualificação profissional dos jovens – os mais afetados pela violência. Em vez de armar a população, o governo federal deveria, urgentemente, estruturar programas para subsidiar a compra de livros, contratar agentes de leitura e investir em bibliotecas como espaços culturais. Esse é o caminho que o mundo vem trilhando para combater a violência!

Acrísio Sena
Deputado estadual (PT-CE) e vice-presidente da Comissão de Educação da ALECE

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