Se escuta dizer, desde tempos remotos, que a pressa é inimiga da perfeição. Utilizando essa sentença, é possível traçar uma linha tênue entre um ‘furo de reportagem’ e a velocidade da divulgação da informação devidamente apurada. O furo, ou seja, aquela informação que ninguém tem e será divulgada de forma pioneira, pode não ser verdadeira. É nesse momento que entra no salão a apuração, para confirmar a veracidade.
Entendendo isso, é possível estender o horizonte da compreensão e visualizar que essa situação se aplica para além do mundo jornalístico, chegando aos grupos de redes sociais, onde uma informação mal apurada e com traços de inverdades pode se espalhar e causar algum estrago.
A pressa por divulgar primeiro tolera erros gramaticais, às vezes, mas não suporta a presença de informações que sequer existem, divulgadas ao público como se tivessem alguma veracidade.
Apurar é o melhor caminho para divulgar um informe confiável. Tudo bem não ser o primeiro a publicar e até mesmo demorar a tornar pública alguma informação por conta da verificação. É muito melhor esperar do que deteriorar sua credibilidade.
Em tempos onde o fluxo de informação é muito rápido e intenso, a cautela deve sempre estar presente. Não só ela, mas a responsabilidade também, acerca de como o informe será tratado. Todo esse destaque vale para qualquer momento, mas uma atenção especial se deve agora, em um cenário eleitoral, onde mentiras podem deturpar a imagem de determinada figura política.
É sempre bom lembrar que confiança e credibilidade não se constroem do dia para a noite. No entanto, bastam apenas meia dúzia de palavras para perdê-las.
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