
Dura Lex, Sed Lex
Nos últimos anos, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil ganharam muita visibilidade e também elogios e críticas da opinião pública.
Os temas por eles em discussão, nos âmbitos jurídico e político, tomaram maiores proporções após as sessões serem divulgadas ao vivo pela TV, rádio, blogs e outros veículos de comunicação.
De início, foram os debates acalorados entre os próprios pares que, em alguns casos, as sessões foram suspensas para que os paladinos da lei, da moral e dos bons costumes não fossem às vias de fato.
A legislação pátria proíbe que os nossos magistrados façam política partidária e que participem de eventos de campanha, por exemplo.
Mas tem chamado a atenção do mundo e não somente do nosso quintal, o envolvimento dos ministros do STF em polêmicas.
Por que falam tanto de política – com opiniões de mérito – os ministros da Suprema Corte?
O Ministro Barroso, eloquente que passeia da formalidade a falas em prosa e verso, tem tomado o lugar do Ministro Gilmar Mendes nas polêmicas em solo nacional e fora dele.
O “perdeu mané”, “eleição não se ganha, se toma” e por último para uma platéia de jovens da UNE, em Brasília, onde afirmou “nós derrotamos a ditadura, a tortura e o bolsonarismo”, pode lhe valer um impeachment.
Seria mais prudente, aos doutores de capas pretas longas e brilhosas trabalharem mais e falarem menos.
Afinal, em que pese a beleza da democracia, todo ser humano tem uma boca e dois ouvidos.
A lei é dura, mas é lei! E se vale pra Chico, deve ser exemplo pra Francisco.