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Um em cada quatro motoristas recusa teste do bafômetro nas estradas cearenses

Um em cada quatro motoristas parados em blitz nas estradas estaduais do Ceará recusa o teste do bafômetro, que verifica se o condutor ingeriu bebidas alcoólicas. Conforme o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), desde 2015, quando o órgão passou a contabilizar as recusas, 18.247 (24%) motoristas evitaram o teste de alcoolemia, num total de 75.816 abordagens.

Os dados foram divulgados nesta semana, quando completa 10 anos da Lei Seca, que estabelece tolerância zero para ingestão de bebidas para quem está dirigindo.

Recusas superam flagras no país

A negação ao teste é uma infração de trânsito gravíssima com a mesma penalidade de dirigir depois de beber álcool, ou seja, multa de R$ 2.934,70, possibilidade de suspensão por 12 meses e retenção do veículo.

A diferença é que o condutor embriagado que se nega a soprar o aparelho corre menos risco de ser enquadrado também em crime (acima de 0,34 mg/L) e ir para uma delegacia, apontam especialistas em direito de trânsito.

A recusa ao bafômetro no Ceará fica abaixo da média no país. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2017 foram registradas 20.486 negativas ao teste, enquanto outros 19.083 motoristas foram autuados por embriaguez. Já neste ano, foram 6.671 multas por recusa e 5.909 por uso de álcool até maio.

A penalidade para quem se nega a fazer exame clínico para constatar a embriaguez está prevista na Lei Seca desde 2008. No entanto, motoristas começaram a recusar os testes por causa de um princípio constitucional: ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo.

Repórter Ceará – G1-CE (Foto: PRF/Divulgação)

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