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Presidente da Câmara revela mensagem comprometedora de suposta autoria do secretário de Finanças de Quixeramobim

Uma mensagem no aplicativo WhatsApp apontada como de autoria do secretário de Finanças de Quixeramobim, Edson Facó, foi revelada pelo presidente da Câmara Municipal de Quixeramobim, François Saldanha. A reportagem teve acesso ao material e em alguns trechos o titular da pasta questiona a permanência de alguns serviços na área da Saúde.

Em suma, a mensagem do secretário, conforme apresentada por François, e que vazou nas últimas horas nas redes sociais, revelam a intenção de reduzir despesas na Secretaria de Saúde.

O texto inicia afirmando que faz tempo que o município “está com o índice de comprometimento com despesa com pessoal muito acima do permitido por lei” e prossegue lembrando que “prova é tanta que existe processo no fórum local pedindo o afastamento do prefeito por conta dessa irregularidade. Ocorre que diminuir esse índice exige a demissão de funcionários e isso não é fácil. Tira em um mês, mas no outro volta. Essa tem sido uma constante. Em resumo: nós temos um montante de despesas com pessoal que não podemos pagar”.

Ainda se destaca o fato de ter ocorrido a afirmativa que a Prefeitura deixou de receber recursos por conta desse descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF): “deixamos de receber quase 4 milhões de emendas parlamentares, inclusive para custeio da saúde”.

No texto, é possível ainda ver admissões de possíveis irregularidades quando se afirma: “Quando a lei determina para se gastar com educação 25/ (%), estamos gastando 16/, abaixo do que a lei determina. Quanto é pra gastar com a saúde 15/, estamos gastando mais de 30/, mais que o dobro, já chegou a 38/. Logo se verifica que está errado”.

Ainda na mensagem, revela alguns questionamentos da continuidade de alguns serviços: “Por que temos que gastar com uma Policlínica aqui e mais a de Quixadá? Por que temos que manter convênio com essa entidade do hospital infantil? Qual o proveito que tiramos com a inauguração do HRSC, quais serviços poderíamos cortar? […] Por que temos que manter todos esses PSF(‘s), mesmo sabendo que são deficitários?”.

O autor do texto ainda lembra que é necessário analisar situações com tranquilidade, mas também com muita realidade e atitudes. “Uma coisa é certa, infelizmente não podemos direcionar todos os recursos somente pra Saúde. Atualmente as secretarias de Cultura, de esporte e de governo estão praticamente fechadas, pois não temos como repassar nada de recursos pra elas”, diz.

Hospital Infantil
Sobre o questionamento da permanência de convênio da Prefeitura com o Hospital Infantil, a vereadora Cristina Pimenta, também diretora da unidade, fez questão de se manifestar e classificou como uma “imoralidade”. A parlamentar pediu respeito aos 70 anos de história da unidade.

Votação
Diante do texto, François Saldanha solicitou que o plenário votasse um requerimento verbal solicitando que o Ministério Público investigasse a mensagem divulgada, porém, o pedido foi negado. Claudinha Borges presidia a sessão e o placar foi o seguinte:
A favor de encaminhar ao MP: Kim, Cristina Pimenta, Terezinha Pimentel e Célio Neto.

Contra: Antonio Filho, Idelbrando Rocha, Sebastião do Couto, Everardo Junior, Fernando Antônio, Roberlan Saldanha e Edson Nogueira.

Mesmo o plenário não acatando, François antecipou que decidiu mandar o documento ao MP em nome da Mesa Diretora.

Contato
A reportagem tentou contato na manhã de hoje, 05, com o secretário Facó para comentar sobre o ocorrido, porém foi informada que o mesmo encontrava-se em reunião e não poderia atender.

Repórter Ceará

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