Muitas pessoas pensam que ainda é cedo para falarmos de eleições. E até certo ponto elas estão corretas, porque ainda falta pouco mais de um ano para o início do período eleitoral. Mas por outro lado, enquanto nos calamos, muitos políticos já começaram a se movimentar no sentido de construir alianças, traçar estratégias e ampliar suas bases em todo o município.
Então, existe sim a necessidade de tocarmos nesse assunto com alguma frequência, necessidade essa que se torna ainda maior se pensarmos que a eleição de 2020 será uma eleição diferenciada. Isso porque, se as previsões se confirmarem, teremos uma forte alteração na dinâmica que rege o processo eleitoral no município.
E essa alteração se fará sentir, sobretudo, pelo aumento no número de candidatos na disputa por vagas no legislativo, e, principalmente, no executivo municipal, que tradicionalmente é disputado por apenas dois polos antagônicos. Mas isso deve mudar no próximo ano, porque a tendência é que novos candidatos também entrem na briga pelo controle da prefeitura.
E essa possível modificação na dinâmica eleitoral é uma consequência direta do forte sentimento popular que vem demandando transformação social por meio da renovação política, o que tende a tornar as campanhas ainda mais pulverizadas.
E se a dinâmica eleitoral muda, os políticos também mudam para se adaptarem a ela. O que significa que haverá um combate entre três forças políticas distintas: uma de renovação, uma de retorno e uma de permanência.
Por isso, independente das siglas, precisamos estar atentos às movimentações de todos os candidatos, observando tanto os que querem entrar na política, como aqueles que querem retornar ou permanecer nela. Porque só assim garantiremos a manutenção da democracia através do pleno andamento do processo eleitoral.
Repórter Ceará
