Treze de março de 2019. Esse deveria ser mais um dia de aula comum para centenas de alunos e professores que estudam e trabalham no colégio Raul Brasil, localizado na cidade paulista de Suzano.
Mas a covardia de dois assassinos frios e calculistas interrompeu o transcurso das aulas e transformou o chão daquela escola em um verdadeiro palco para um dos massacres mais cruéis da história do país.
Os autores do atentado eram ex-alunos que entraram no colégio no momento do intervalo e atiraram a esmo contra estudantes e funcionários desprotegidos, até que notaram a chegada da polícia e decidiram se suicidar.
Alguns alunos se esconderam no refeitório, outros pularam os muros, mas nem todos tiveram a mesma sorte. Ao todo, 10 foram mortos e outros 11 ficaram feridos. Um dos sobreviventes chegou ao hospital municipal a pé, com uma machadinha cravada no ombro.
Desde 2011, quando ocorreu o massacre na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, onde foram mortas 12 crianças, os ataques às escolas brasileiras passaram a ocorrer com maior frequência. Nos últimos dois anos, foram registrados atentados contra escolas dos estados de Goiás, Minas e São Paulo.
Que esse lamentável incidente nos leve a refletir sobre a segurança dos nossos alunos e professores; sobre a violência psicológica praticada em forma de bullying dentro das escolas; sobre o fácil acesso, a posse e o porte ilegal de armas de fogo. Porque só assim evitaremos que o ódio, a dor e o pânico se encontrem de forma sangrenta em mais um desses tristes episódios da vida real.
Repórter Ceará