Nessa sexta-feira, 29, um advogado deu voz de prisão a um agente penitenciário e o mesmo agente deu voz de prisão ao advogado. O caso ocorreu na Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) 3, em Itaitinga. A informação é do jornal O POVO.
Ocorreu que, conforme o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp), Valdemiro Barbosa, um diretor-adjunto da CPPL 3 estava fazendo a oitiva, quando uma advogada se pronunciou. No momento, o agente penitenciário a interrompeu e disse que ela teria o momento de falar. No entanto, outro advogado interveio e o agente o prendeu por desacato.
Como resultado, ambos foram parar na Delegacia de Aquiraz, contudo, como o agente é servidor público, os dois tiveram que ir à sede da Controladoria Geral de Disciplina (CGD).
Para o presidente do Sindasp, a confusão se deu por conta do procedimento que está sendo realizado para que os detentos que participaram de motins este ano, e estão respondendo sanções administrativas, tenham a progressão de regime, ou seja, possam ser soltos. Porém, com a instauração do procedimento administrativo, a progressão de regime pode não acontecer e os detentos continuariam presos.
Valdemiro, por sua vez, ressaltou que o caso é específico com esse grupo de advogados que defendem líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e que os agentes penitenciários têm uma boa relação com a categoria.
A Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da CGD, abrirá um procedimento para apurar o caso. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Ceará informou que o caso está sendo apurado.
Repórter Ceará
