O que se especulava após as votações das denúncias contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados, foi iniciada ontem, 13: A reforma ministerial no Governo e a saída dos tucanos das pastas governamentais.
As portas para o processo foram abertas quando o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), enviou uma carta a Temer pedindo a exoneração do cargo. Dessa maneira, o tucano deixa o Ministério e se afasta da base de apoio ao presidente do Brasil.
O acontecimento foi bastante explorado até hoje, 14. Blogueiros e jornalistas de todo o País viram na saída de Bruno três opções possíveis:
1 – União com o PSDB
2 – Antecipação da demissão
3 – Maturidade
O primeiro ponto pode ser explorado a partir do fato de que o PSDB encontra-se dividido entre não-apoiar e apoiar Temer. O segundo, é visto pelos olhos do “troco”, como se o chefe do Executivo Nacional estivesse retribuindo o que os tucanos, seus principais aliados, fizeram a ele na Câmara. E por último, temos o ponto da maturidade, já que a decisão de Bruno de deixar o Ministério das Cidades poderia indicar uma espécie de desconforto com o cargo ocupado, exemplificada pela frase popular: “Aqui eu não me encaixo”.
Vale ressaltar que, após o pedido de demissão, o Planalto divulgou nota a imprensa, afirmando que “o presidente dará início agora a uma reforma ministerial que estará concluída até meados de dezembro”.
O PSDB ainda possui três pastas no Governo Temer: Relações Exteriores, Secretaria de Governo e Direitos Humanos. A política nacional aguarda como será realizada essa reforma ministerial e observa como os políticos do “Centrão”, grupo de partidos que reivindica mais espaço no Executivo, será reorganizado no governo.
Bruno Araújo tem 45 anos e estava no governo desde maio do ano passado. Agora, voltará para a Câmara dos Deputados e reassumirá seu cargo de direito no Congresso Nacional.
Repórter Ceará